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O Expresso, esse farol do jornalismo mundial, descobriu que, nos tempos de O Independente, Paulo Portas achava que Soares era isto e que Cavaco passava por ser aquilo (um "egocêntrico"). A verdade é que Soares era isto e Cavaco sempre foi aquilo. Esse brilhante exercício de memória faz-me pensar nos textos que antigos marxistas-leninistas e maoístas de primeira linha, que hoje descubro, com certo espanto, na direcção e editorias do Expresso, esse farol do jornalismo mundial, escreviam na época, quer sustentando que a Albânia era o futuro do mundo civilizado, quer genuflectindo diante da vasta sombra de Mao (esse benfeitor), quer fazendo alfinetes de peito a Estaline, o pai dos povos. Dito assim, prefiro um maquiavel de pacotilha (como Portas) a pessoas humanas que queriam instalar uma ditadura do proletariado nas Avenidas Novas.