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Homo Autarquicus

por Tiago Moreira Ramalho, em 03.09.13








Nem "nisto" conseguimos superar o estrangeiro. Resta avaliar por aqui a pertinência de uma coisa chamada Partido Trabalhista Português, que além do Jel-Ruce-Neto em Cascais, apresentou o extraordinário Manuel Almeida em Gaia.

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publicado às 11:08


Um homem justo

por Tiago Moreira Ramalho, em 23.08.13

O dr. Menezes, excelso político do Norte, prestabilíssimo Presidente de (ou da?) Câmara, bom mediador entre o povo ignaro e o produto financeiro sofisticado, tem ajudado, esperamos que do próprio bolso, um vasto conjunto de pessoas que infelizmente precisam de ajuda. Competente e bom, o dr. Menezes, que não deixa o povo à míngua. Pelo menos não agora, que falta pouco para Setembro. Diz-nos o Público que, entre outros jeitinhos, o dr. Menezes já pagou rendas de casa, contas de luz e tem fornecido porcos com fartura para as festinhas de bairro. «Ele matou a fome a muita gente», diz uma senhora, claramente impressionada. Pelo caminho, assegura, por via da sua prestimosa secretária pessoal, que se for Presidente da Câmara do Porto fornecerá habitação social aos vários queixosos que, por estes dias, têm visitado a Câmara de Gaia. O dr. Menezes ganha deste jeito uma aura de senhor feudal. Não apenas na compra das lealdades, mas também na sobrevivência por conta delas. Uma aura apenas possibilitada pela perigosa combinação de duas coisas: um recrudescimento da miséria, por um lado; um carácter singular, por outro. Dizem as sondagens que vai ganhar. Façam bom proveito.

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publicado às 13:28


Sentir coisas (2)

por Rui Passos Rocha, em 16.08.13


A Sandrinha não foi na cantiga, por isso optou pelo second best, confesse lá.


Não só nas candidaturas às freguesias de Lisboa - como demonstrei abaixo - há corações palpitantes de direita. Se o/a caro/a leitor(a) lê tão boa imprensa quanto eu, a esta hora saberá que Judite de Sousa (lê-se Juditfff de Sousa) está a preparar o divórcio de Fernando Seara, com quem partilhou 10 anos de voz afectada e benfiquismo troglodita. E saberá provavelmente ainda mais: que na origem da ruptura está - e eu morra aqui se o Correio da Manhã não está como sempre certo - uma relação, ou embrião de relação, entre Seara e a sua vereadora sintrense Ana Isabel Duarte.


Diz o CM que Ana Isabel, a responsável das contas em Sintra, já terá anunciado que assumirá idêntico cargo em Lisboa caso o seu carequinha Seara vença as autárquicas. Eu não sei quanto a vossemências, mas eu acredito na gestão de dinheiros por um casal apaixonado. Aliás, se Passos Coelho e Vítor Gaspar... vocês sabem, duvido que o país continuasse perto de um segundo resgate. Infelizmente contrataram o patrão da Super Bock, Pires de Lima, já depois de Gaspar bater a porta e com isso liquidar todas as hipóteses de uma paixoneta, ainda que regada a álcool, mas sempre com o sentido de responsabilidade que os tempos difíceis requerem.


As paredes de Lisboa, repletas de mensagens e graffitis de amor, votariam Seara se este fosse um país democrático. Agora que o tribunal da capital deu luz verde ao romance, perdão, à candidatura de Seara, apenas o coração empedernido dos lisboetas poderá obstar a que Seara e Ana Isabel cheguem de comboio à capital, na meia noite após a vitória eleitoral, e como Lenine na Finlândia sejam aclamados, lhes seja cantada a Marselhesa e o mundo finalmente possa ouvir as preces de paz e amor das sucessivas Misses.

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publicado às 17:38


Sentir coisas

por Rui Passos Rocha, em 14.08.13
Um banho de imersão e isso passa-te.

 

Quero agradecer publicamente a quem, da candidatura de Fernando Seara, tentou que o slogan Sentir Lisboa fosse adaptado a todas as freguesias. Tenho a certeza de que alguém o propôs, a bem da uniformidade e poesia da coisa, tendo logo sido posto em sentido pelos colegas. Imagino uma cena ao estilo 12 Angry Men:

 

 

O primeiro a levantar-se - logo o mais fundamentalmente contra a proposta de que todos sentissem as suas freguesias - foi Vasco Morgado, que, quiçá não sem antes apalpar o rabo para se certificar de que tudo se mantivera intacto, exclamou: "Eu recuso-me a Sentir Santo António". É compreensível. Afinal o santinho é o famoso padroeiro de, entre outras, as pessoas que desejam encontrar objectos perdidos. Felizmente o Estabelecimento Prisional de Lisboa (aquele ali no topo do Parque Eduardo VII), onde muitos sabonetes são dados como desaparecidos, pertence à freguesia de Campolide. Logo a seguir a Vasco Morgado terá sido a vez, por motivo semelhante, de Paulo Quadrado (São Vicente) e Ricardo Crespo (São Domingos de Benfica). António Manuel, o candidato a Sentir Santa Maria Maior, poderá ter ficado indeciso, mas não dou certezas para não ganhar fama de desbocado. Por fim, desconheço o que terão sentido e feito Carlos Macedo (Beato) e Luís Madeira Carvalho (Misericórdia), mas todos sabemos até que ponto um fundamentalista religioso se pode abrir à mensagem divina.

 

Interessa-me sobretudo o caso de João Grave, o candidato à minha freguesia, Arroios. Trata-se do único candidato a querer sentir, no caso "uma pequena corrente de água", sendo este o significado que o meu dicionário dá a um arroio. Eu não tenho nada contra isso; só acho que não havia necessidade de o publicitar. Pessoalmente também tenho um gostinho particular em deitar a carcaça na água quente da banheira e sentir a leve corrente beijar todos os meus poros, mas até hoje, e juro pela minha mãezinha, não senti pulsão de o colocar em cartaz. Confesso que não sei também o papel que Isabel Pinto Pereira, a candidata da coligação ao Lumiar, terá em Sentir Arroios, dado o meu dicionário definir lumiar como tirar de um campo a água do Inverno. O que me deixa descansado é que Nuno Jordão (Ajuda), ainda que não tenha particular interesse em Sentir Ajuda, fosse isso o que fosse, quer Todos por uma Ajuda melhor. Acho que João Grave vai precisar.

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publicado às 14:47





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