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Volta às crónicas, Amanda, estás perdoada

por Bruno Vieira Amaral, em 10.05.13

"Which authors do you most admire?

 

Vladimir Nabokov, Fyodor Dostoyevsky, Jonathan Safran Foer, David Foster Wallace. . . . I like authors who experiment with narrative and delve into very specific conditions within their characters in order to expose universal truths about humanity. After reading, I like to feel that I’ve experienced, learned, identified, been challenged and been provided with insight."

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publicado às 10:52


Amanda

por Bruno Vieira Amaral, em 09.05.13

Conhece Amanda Knox? No nosso claustrofóbico enclave cultural Amanda é conhecida como a tipa daquela crónica do Mexia. No resto do mundo, esta estudante americana, uma northern belle, é a celebridade do estranho caso de sexo e drogas que resultou no homicídio de Meredith Kerchner, a jovem inglesa com quem Amanda partilhava o quarto em Itália. Amanda e o seu namorado italiano foram acusados de envolvimento na morte de Meredith. Em 2011, depois de quatro anos na prisão, Amanda foi libertada e regressou a casa. Agora o percurso da rapariga culminou no ponto habitual destes casos suculentos: um livro de memórias. Em Waiting to be Heard (À Espera de ser Ouvida), Amanda revela que, na noite do homicídio, estava no apartamento do namorado, onde fumaram marijuana, viram o filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain e – eis o facto mais inquietante – leram em voz alta um dos livros de Harry Potter em alemão. A partir de agora, e a bem do rigor, qualquer crónica sobre a beleza trágica de Amanda deverá incluir uma descrição pormenorizada do momento em que a rapariga, ganzada e apenas protegida da nudez por roupa interior de algodão, recitou, na língua de Goethe, os feitos do herói de JK Rowling. E assim se destrói uma carreira como assunto de crónicas.

 

 

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publicado às 17:26





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